O brinquedo que não pode ser usado
“Boneca para menino?! Só pode ser ‘viado’!”
Escondido, não pode ser achado
Se te pegarem vai ser complicado
“Não sabes que isso é errado?!”
Confuso, não sabem guia-lo
A luz que te oferecem te leva ao caminho errado
Mas o que fazer se o outro é amaldiçoado?
“Essa estrada não é sua”
Ele ouvia em sua cabeça
A outra trilha é a da perdição
Porém é nessa que ele se sente perdido
Ignorou seus instintos e continuou
A boneca, a muito custo, deixou de ser seu interesse
É mais aceito querer jogos de videogame
Negar a si mesmo
Tentar se enganar
Fugir de sua realidade pra viver uma falsa
Imposta pelos seus semelhantes
Se deixar acreditar que é como os outros
Que não sente o que sente
Que não ama a quem ama
Que não deseja o que deseja
Querer estar errado para que o outro esteja certo
Sobre aquilo que só você pode ter certeza
Afinal as diferenças tem suas penalidades
Suas consequências
Para a criança que acreditava no mundo perfeito
Que somos iguais e temos os mesmos direitos
Pensar que suas vontades e seus sentimentos
O deixam abaixo dos outros, que não o aceitam
Faz uma bifurcação surgir em sua cabeça
Odiar os outros por condenar sua existência
Ou odiara si por sua existência condenada